terça-feira, 11 de novembro de 2008

Uma risca sem giz.

Dos mesmos cantos, da luz que não faz curva,
Do cheiro, sempre o mesmo, profundo,
Sem o gosto de ontem, mas de novo e de novo.

Sem um por que do sem fim.
Alterando algumas curvas, saboreando o domínio
Sem entender.

Sem saber o lugar daqui,
A morada de qualquer um,
O lugar de ninguém.

Talvez uma luz, sem um final de túnel.
Um recomeço sem um novo dia
Apenas a busca.

A cor é não saber,
Do céu azul, da rosa cor de “até mais”,
Do não ficar, apenas a busca. Do mais puro desejo?
Eterno brilho, da eternidade afastou.
Sem conseqüência qualquer.

Do por si só, do mais alguém,
Do jeito doce do teu não amar,
Eu toco o céu, um beijo na ponta do nariz.

Sem um fim, sem definição.
Apenas um ponto final.
Uma risca sem giz...

Camyla Castro Lima e Léo Magno Mauricio.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Gotas de Futuro

Toco o tempo que não é movimento,
Toco teu corpo, pequenos resquícios,
De desrespeito, mistérios sem sobra,
Descobertas sem saudade.

Exclusivo em toque, sem sentimento,
Degustando em dissabor, fragmento e tentação.
Buscando e ordenando afinidades.

Excessos em rotina natural, corpos frágeis,
É falta sem reflexo, retina e não memória.

Como se o tempo fosse capaz de quebrar a água.

Devaneios livres em queda,
Sem respostas, com desejo.
Contornando a face em pensamentos.

Nada que hoje é luz,
Ontem eram gotas de futuro.

Sem envolvimento ou margem em saudades.
Sem vaidade,
Sem medo do medo de ultimamente,
Sem conquista ou sofrimento.

Toco o tempo que não é movimento,
Toco teu corpo, pequenos resquícios de sedução.

Pequenos momentos em solidão.

Camyla Castro Lima e Léo Magno Mauricío.